Não há regra sem excepção

Não tencionava publicar aqui os poemas que escrevo. Essa é a regra. E esta é a excepção:

Só na Saudade

Um olhar que me despe,
Umas mãos que me tomam.
O sol a nascer para leste
E as horas, lentas, demoram.

O beijo mais doce, quente,
O abraço mais forte de ti,
A chama de um olhar ardente,
O mais que alguma vez senti.

Um outro corpo que é meu
Apoderando-se de mim
E eu, sendo corpo que é teu.

Volta um dia, mas só assim.
Antes a cama vazia e eu.
Não voltes se não for para mim.

Como é excepção, desculpem, mas é sem comentários.