A vida continua


Foi-se o ano, as 4 estações, os tais 12 meses contados de empreitada e por aí fora. Foram-se os dias e foram-se uma série de outras coisas. Essas foram, não interessam mais, ficaram para trás. O que fica? Depois de muito pensar, acho que fica um misto de memórias alegres e tristes, uma vaga cronologia de batalhas e guerras ganhas e perdidas. Algumas poucas coisas permanecem, transitam, vão comigo a mais um ano, não sei por quantos mais anos. Coisas em mim, que se foram definindo ou redefinindo, e outras almas que cruzaram o meu caminho e ainda por aqui continuam numa qualquer missão.

Fiz um monte de asneiras, desde o primeirinho dia do ano. Fiz algumas loucuras até, estive quase mesmo à beira da loucura. Andei numa verdadeira montanha russa, alternando altos e baixos, lentas subidas expectantes e rápidas descidas alucinantes. Também acertei em algumas coisas, percebi mistérios que me escapavam, mesmo que só depois de muito bater com a cabeça nas paredes. Mas vivi, intensamente e o melhor que pude, o melhor que soube. Sei que sou melhor mãe, sei que sou mais resolvida, sei que sou mais livre. Sei que sou também ainda mais exigente, ainda mais duvidosa e até ainda um pouco perdida.

Experimentei ao longo do ano muitas coisas. Aliás, até me disseram que estou numa “fase experimental”. É um facto. Até no amor, experimentei um pouco de tudo. Fez-me melhor? Nem por isso. Mas fez-me mais qualquer coisa. Por exemplo, fez-me encher de côr, desde o guarda-roupa aos meus sorrisos e memórias. Deste ano tenho memórias coloridas, numa diversificada paleta que não deixa de fora quase nenhum tom.

Paguei caro os meus erros, e sei que continuarei a pagar alguns por mais uns tempos. Mas conforta-me o que acertei e uma frase que me citaram, que o Lobo Antunes cita (imagine-se...) e que para mim resume muito bem a lição principal que aprendi em 2009: “tudo o que a vida nos pode dar é um certo conhecimento dela que, normalmente, chega demasiado tarde”.

O que fiz em 2009 foi aceitar sofrer as consequências de escolher e viver, mesmo que errando, sabendo que erramos sempre alguma coisa. O que quero para 2010 é poder continuar a fazer o mesmo, de preferência com menos erros para sofrer, e que os que faça, que farei, que ao menos sejam coloridas experiências. Deste ano foi-se quase tudo mas resto eu. E no final do próximo quero apenas chegar um pouco menos à deriva, e ainda um pouco mais eu. Sei que parto sem rumo, mas com uma imensa vontade de partir, de continuar a experimentar, de continuar a crescer, de viver apaixonadamente todos os instantes. Só assim vale a pena viver, de facto.

Um bom ano para todos os que por aqui vão passando.

Um dia, talvez



Um dia vou ter um Natal só meu em algum lugar longínquo. Onde as chamas de uma lareira de facto me aqueçam, e onde um abraço especial não me deixe a saudade de todos os que faltam.

Um dia vou ter um Natal que seja um dia feliz, apenas por ser mais um dia, tão feliz como os demais, apenas por ser mais uma noite, em que sei ter atracado segura na paz do derradeiro cais.

Sombras do Futuro



Um segundo a mais, ou um segundo a menos, e todo o curso de uma história, de uma vida, se modifica. Uma volta para a esquerda, em vez da volta para a direita, a decisão de milisegundo que tomamos sem pensar e sem saber o que acarreta. Fazemo-lo todos os dias, a toda a hora, e raras vezes nos apercebemos do que mudamos na nossa história por optarmos inconscientemente por isto ou por aquilo, por cada segundo que nos atrasamos ou adiantamos no curso programado dos nossos dias.

Mas também acontece sabermos que estamos prestes a dobrar uma esquina de destino. Acontece às vezes suster a respiração sem saber se estugamos o passo ou se arrepiamos caminho. Se nos lançamos no que quer que esteja do outro lado da esquina ou se lhe fugimos ao avistar as sombras que projecta.

Todos os futuros não são mais do que sombras projectadas retrospectivamente. Sombras de alguma coisa que ainda não é mas que se esboça lentamente à frente do caminho. Como todas as sombras, as do futuro não trazem os contornos precisos e reais dos originais ainda inexistentes que projectam, não trazem o detalhe, o pormenor, e não trazem para o aqui e agora aquilo que não existe ainda se não em mera sombra projectada.

Cada dobrar do tempo é um sol a iluminar uma nova realidade que se vê sem sombras. É uma descoberta, uma surpresa, que pode ser boa ou má. Reconhecendo o momento, é preciso saber bem, muito bem, se se está realmente disposto a, e capaz de, lidar com esse futuro feito hoje, independentemente do que traga, independentemente de não corresponder às sombras que projectou no momento do primeiro passo. Ou do primeiro beijo.

Eterno instante



Toda uma vida pode mudar num instante. E cabem muitos instantes em cada dia da vida.

Quantos anos, meses, semanas ou dias cabem numa eternidade? Para onde levamos o momento, o segundo, o repente que se sente eterno? E como se mede essa pequena-grande eternidade? Pelo que dura, ou pelo tempo que perdura depois de já não ser?

Promessas, planos e projecções, todos construídos na base de uma frágil linha de tempo que realmente não sabemos existir. Que pensamos não ter fim, num momento, e às vezes acaba logo ali.

Queria saber quanto de mim cabe na tua eternidade. Quanto de ti em momentos caminhará comigo eternamente. Quanto durará esse eterno em cliques de segundos, enquanto é, depois de já não ser.

Que prazo terás para mim e que limites que não vemos tornam finita a linha do tempo que projectamos indefinida, para lá do horizonte visível do eterno instante?

Os meus Gatos #2



O frio, as mantas e os dias tristes, fazem-me sempre recordar os meus gatos com mais saudade. Já escrevi sobre o primeiro, e hoje é tempo da história do segundo. Depois de ter perdido o Ludwig e decidir que não queria outro animal, o meu então ainda marido, um dia leva-me de surpresa a ver uma ninhada de persas para eu escolher um. Eu nem queria entrar, mas lá acabei por não resistir e fui sentar-me num canto. A ninhada era de quatro gatos, e ao fim de uns minutos tinha um cotumiço preto, de olhos côr de cobre e uma espécie de barba com as pontas brancas, a trepar-me pelas pernas e a brincar comigo. Se outra pessoa se aproximava, fugia logo. Levei-o para casa, pois...

Quando o larguei em casa, ele todo assustado, enfiou-se debaixo de um armário da casa de jantar e não saía dali nem por mais uma. Como não sabia do que ele gostava, pus à frente do armário uma série de pratinhos com várias iguarias. À noite, tinha amigos a jantar e a meio da refeição salta-me para o colo, depois de ter limpo os pratos todos, e a querer devorar tudo o que estava na mesa. Chamei-lhe Obelix...

Embora não fosse tão inteligente como o primeiro, era também meu, aliás, eu é que era dele, que ele é que me escolheu, e era muito carinhoso. Dormia sempre comigo, em cima dos meus pés, depois de um certo tempo de festas e ron-rons deitado na minha barriga. E isto foi depois de lhe ensinar que gatos não são bem gente, porque os primeiros dias queria dormir ao meu lado, com a cabeça na almofada e tudo.

Era cómico, mais brincalhão que o Ludwig, mas miava mais. Às vezes os miados dele pareciam sons humanos – sobretudo se levava um raspanete e o fechava longe de mim de castigo. É irreproduzível na escrita, mas era mesmo incrível. Parecia uma criança a choramingar, como quem diz “eu não fiz por mal, eu sou pequenino...”.

Este, perdi-o com o divórcio, cerca de um ano depois, uma vingançazinha mesquinha. Soube que o desgraçado do animal sentiu imenso a minha falta, caiu-lhe o pelo quase todo com uma coisa nervosa. Mas sei que recuperou. Eu é que ainda hoje tenho saudades dele.

Poeta é poeta





O mundo é grande e cabe
nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.

De Carlos Drummond de Andrade

Balelas Astrológicas?



Leitura de mim num site qualquer de astrologia:

For Princesa, relating is like breathing--not that it's as easy, but that it's just as necessary. In fact, she needs healthy and ongoing heart-ties with several close friends, as well as a primary relationship. Princesa wants to be fully and gracefully partnered, with fairness, courtesy, reciprocity and balance, as well as romance. She has a world of attention to offer in return. Shared appreciation of the arts and other aesthetic experiences are great pluses here. So is a firm decision by both partners that Princesa's needs are just as important as her partner's needs--not more so and not less so. Therefore, Princesa would do well to learn some conflict resolution skills, and not settle for merely the appearance of the harmony that she so cherishes and is quite capable of establishing.”

OK. Não é assim para todos? Quem é que pode viver sem amigos, sem ninguém no coração? Quem é que não procura uma relação equilibrada e tudo o mais que aqui se lê? Quem é que acha que as necessidades de um devem ser mais importantes do que as do outro? Quem é que não procura uma vida harmoniosa???

Pronto, está bem... A primeira e a última frases dão-me que pensar... Sobretudo a última, porque eu já há muito que não tolero o status quo apenas a bem da aparente harmonia, mas quando chego à conclusão de que não tolero mais, geralmente parto a loiça toda, e é-me mesmo difícil gerir o conflito. Fujo a sete pés, prefiro ignorar e deixar tudo para trás.

E eu que não quero acreditar nestas coisas esotéricas...

Becos



Não consigo escrever. Todos os caminhos que percorro são becos sem saída.
Sem saída de mim.

Por fim



Sobrevivo. Amachucada, com uns nós por desatar, umas tristezas na alma e mais uns milímetros de carapaça que, espero, me proteja melhor no futuro. Podia escrever um texto só de chavões sobre tempo e esperança. Nao tenho nenhum dos dois. Podia escrever um texto sobre o desejo de voltar a acreditar no amor. Mas não tenho nenhum. Podia escrever um texto sobre como vale sempre a pena tentar, mas não acredito. Podia fazer um texto sobre como é sempre bom dar de nós, mas não é. Podia fazer um texto para fazer os outros sorrirem, mas não tenho sorrisos para dar.

Nesta curta viagem fui passageira renitente, depois fui passageira interessada e mais tarde rendida, conquistada. Fiei-me nos anúncios escritos em vários placards e confiei que ía na direcção certa, em direcção ao destino onde queria chegar. Mas afinal, fico-me por um apeadeiro no meio do nada, quando percebo que não vou na direcção certa, ou que comprei o bilhete errado. E fico ainda mais longe do meu destino almejado. Fico de novo no charco das desilusões, das demasiado sucessivas repetições, onde afundo de cada vez um pouco mais de fé, um pouco mais de esperança, um pouco mais de amor. Até não ter mais nada, nem mesmo a ilusão de que qualquer maré me trará de volta o que aqui deixo. Até não ter mais nada, se não a memória de ser enganada, usada, desrespeitada. Salto fora num inóspito apeadeiro, porque assim não podia continuar a viagem. Mas sobrevivo.

Natal



Escrevo sobre o Natal, por causa do desafio da Fábrica de Letras. Mas não inscrevo o meu post, porque eu não gosto do Natal de 25 de Dezembro. O Natal passou a ser sinónimo de tudo menos do seu espírito original. Para lá das festividades religiosas, que já poucos vivem a sério, devia ser tempo de paz, de reconciliação, de comunhão – dar e receber, num voto de perpetuar esses bons sentimentos em acções ao longo do ano, ao longo da vida.

Há quem ande com um sorriso parvo na cara, só porque é Natal. Como se a aproximação do dia 25 de Dezembro, patenteada pelas montras e iluminárias da cidade (e desses infernais micro cosmos chamados de centros comerciais) lhes desse autorização para sorrir, e fingir por uns quantos dias que são felizes e contentes. Como se isso apenas justificasse fazer aquele telefonema, ou vá enviar aquela SMS, que cartões à séria quase ninguém envia, aos amigos e familiares com quem não se fala o resto do ano, porque nem se pensa neles.

Oferecem-se “lembranças”, porque é da praxe, e não porque apetece dar. E escolhem-se os presentes seguindo os dítames da febre consumista alimentada pelo marketing asqueroso da época (que cada vez começa mais cedo), e até por exibicionismo. Ou com requintes de malvadez, ou como forma de redenção dos “pecados” do ano todo.

Continua a falar-se na festa da família, mas quais são hoje as famílias que são, de facto, “família”? Muitas só se vêm no Natal, e não porque lhes apetece especialmente, simplesmente porque tem de ser. É assim como os casamentos, baptizados e funerais: é uma chatice, mas é um dever, e à excepção dos funerais, sempre se come bem.

Para mim, é apenas uma farsa montada para fazer dinheiro a uns poucos, esvaziando os bolsos da grande maioria. Quem eu quero perto, amigos e familiares, eu mantenho perto o ano inteiro. E prefiro mil vezes um telefonema numa altura improvável do ano de alguém que, simplesmente, pensou em mim, do que as parvoíces das SMS que circulam por aí, enviadas em série para todos os contactos da agenda telefónica. Se durante o ano, noutro dia qualquer, me apetecer dar um presente a alguém, é provável ouvir “mas é Natal?!”. Pois eu gosto de dar quando me apetece dar, e não quando é suposto porque é Natal. E por muito que goste de embrulhos bonitos, gosto muito mais de receber pequenos presentes de real lembrança ao longo do ano, do que um enorme embrulho de uma coisa qualquer só porque é dia 25 de Dezembro.

Revolta-me o consumismo da época e a hipocrisia. Não suporto a música natalícia. Detesto a correria das compras de última hora e das várias visitas, jantares e almoços, a marcar o ponto com as várias “famílias”. Detesto receber presentes que sei que não foram escolhidos “por mim”, e destesto, sobretudo, que no dia seguinte tudo volte ao “normal”, restando apenas aquele ar deprimente de fim de festa, com inevitáveis rastos de sujidade e desordem por limpar e arrumar.

Eu faço os meus pequenos Natais ao longo do ano, com aqueles que considero “família”, às vezes um de cada vez. No dia 25 de Dezembro, faço greve, e entrego-me à saudade daqueles poucos especiais com quem, em cada dia do ano, já não posso fazer os meus Natais.

Faço excepções dando presentes a alguns, mas escolho invariavelmente coisas da Unicef, e faço a excepção de sorrir para o meu filho, que na sua inocência infantil, ainda vive este dia com um brilho de fascínio nos olhos à vista dos presentes coloridos, e que é feliz com cada coisa que descobre dentro dos embrulhos, abertos com dedos lambuzados de açúcar e canela. Eu já nem me lembro do sabor desses dedos melados e muito menos da inocência e da alegria do momento. Nesta altura, lembro-me sempre mais de que quase todos esquecemos que há muito quem não possa ter Natal, em dia nenhum das suas vidas.

Brisa do mar





Confidente do meu coração
Me sinto capaz de uma nova ilusão
Que também passará,
Como ondas na beira de um cais
Juras, Promessas, Canções
Mas por onde andarás
Pra ser feliz não há uma lei
Não há, porém, sempre é bom
Viver a vida atento ao que diz
No fundo do peito o seu coração
E saber entender
Os segredos que ele ensinar
Mensagens subtis
Como a brisa do mar.


De Chico Buarque

Ultimatum


Muito bem. Assumi o risco, abri-te a porta. Tu foste entrando. Devagar, fui-te deixando puxar as pontas do meu emaranhado próprio e único, talvez um pouco assustador, eu sei. Não tiveste medo e disse-te: Toma. Dou-te. Está tudo aí. Grandezas e miudezas, grandiosidades e pequenezas, bons e maus, claros e escuros, sopros e ventanias, sussurros e gritos, certezas e dúvidas, alegrias e angústias. Mas espera... tens de puxar os fios todos. É que enredada no emaranhado por desfazer eu sei viver. Solta dele, um dia, talvez seja mais feliz. Mas a meio não. Se só puxas uns quantos fios, conforme o que te agrada ou te convem, eu puxo de volta. E sabes?... Pôr-te os fios todos na mão, até os que me custam mais, que me prendem mais, é acto de fé, e de coragem. É despir-me. É dar-me. Sim eu sei... É o tudo ou nada. É corpo “e” alma que te dou. É um dar que não me faz sentido quantificar. Não é muito nem pouco. É dar, simplesmente.

Toma. Dou-te. Aqui está. Sou eu. Toda de mim. Vê bem agora se me queres assim, toda, ou larga os fios que te sabe bem puxar. Fazes-me mal assim. Tenho frio.

Insónia



Umas horas perdida entre a vontade do descanso e o desassossego. Sei que quando me foge o sono, é porque ando a fugir. Mesmo sem eu querer, nessas horas passo na minha cabeça o filme dos acontecimentos em que procuro sentidos. Às vezes segundos. Segundos sentidos. Como se ao recordar revivesse e fosse mais tranquila essa segunda ou terceira, ou quarta vez.

Parte-se em cada missão na vida, desejavelmente, ciente dos riscos, e dos obstáculos ou dificuldades. Escolhe-se e, portanto, aceita-se o desafio. Claro que, após sucessivas desilusões ou provas falhadas, se parte com cada vez maiores cautelas. Mas é só à partida, como um caminho exploratório. Depois vai-se andando, e vai-se ganhando equilíbrio e momentum, e chega a um ponto em que não dá para voltar atrás. É nesse momento que é preciso sentir confiança e tranquilidade.

Começa-se por tentar deixar tudo fluir. Dar tempo ao tempo, e todos os demais chavões por essa linha. Mas o certo é que, por mais que se vão encaixando certas coisas em parâmetros de “normalidade”, seja lá o que isso fôr, esse exercício em si é prova de que essas coisas nos incomodam. Pequeninas pedras, pequenos tropeções. Então, se se quer seguir o caminho, a sério, com empenho, o que é que se faz? Tenta-se tirar as pedras do caminho, recorrendo à sinceridade e frontalidade de as apontar e à cooperação para arranjar formas de as remover.

Num relacionamento, faz-se com conversa franca. Tenta-se, pelo menos. Mas é o diabo quando se fica com a sensação que, de alma aberta, palavras sinceras e sentimentos despidos, se falou num código que não é comum. Parece que não, no momento, pelas respostas, argumentos, tentativas de solução da engenharia de remoção das pedras. E depois... uma palavra ou um gesto e afinal percebe-se que as pedras que nos incomodam continuam lá.

Já é demais sabido que homens e mulheres falam línguas diferentes. E vivem os relacionamentos com prioridades em planos diferentes. Mas quando o que damos de nós em sinceridade e frontalidade é ignorado, ou não compreendido, quando se sente que as atitudes e comportamentos não acompanham as palavras que ouvimos, e se pressente que o esforço de conciliação de vontades não é reciprocado, algo vai mal, algo vai muito mal no país do pai natal.

Das coisas simples que me fazem sentir bem # 4



Estrear qualquer coisa.
Sejam uns sapatos, uma peça de roupa, um acessório, tanto faz. Tem é de ser novinho, novinho. Mas se é lingerie, e tem de ser uma coisa sexy, ainda melhor - é aquela sensação de “tenho um segredo”... Gasto um dinheirão nestas pequenas coisas, mas tem sido sempre bem empregue. E quando se recebe no email assim uma ofertazinha de 20% de desconto...
Como é que uma mulher pode resistir?...