A minha sanidade...



... é o meu filho.

O meu pequenote a correr para mim, mal pus os pés em casa. “Mãããããããe!!”. E aquele abraço. Que saudades me deixam estes dias de ausência em que fica com o pai. Que bom tê-lo de volta, logo hoje, neste dia tão difícil. Que bom aperto me conseguem dar aqueles braços pequeninos, mas já cheios de uma força imensa. Como se espelha em mim aquele sorriso aberto. “Tive muitas saudades da mãe!”. E eu dele. E é naquele abraço que eu me significo hoje. É ali que eu “sou”, que importo, que faz algum sentido o meu existir. Que bom calor aquele aperto me deu, que só tinha vontade de chorar no ombro do meu próprio filho. Hoje abraçou-me mais ele a mim do que eu a ele. E senti-me tão pequenina a caber naquele abraço e a travar as lágrimas para ele não ver.

16 comentários:

Pronúncia disse...

O poder de um abraço...

forteifeio disse...

´"Hoje abraçou-me mais ele a mim do que eu a ele."
É curiosa esta frase, por vezes as intensidades dos abraços são diferentes, talvez porque as crianças pecebem o quanto nós precisamos delas.

CB disse...

Pronúncia, um abraço assim pode tudo mesmo...

CB disse...

Forteifeio, é verdade. Como já escrevi aqui algures, os olhos das crianças chegam mesmo à alma, e elas nem sabem o que isso é. Não é a primeira vez que sinto o meu filho chegar lá e, à sua maneira, reconfortar-me. E é sempre de uma maneira linda, como só as crianças conseguem.

Apple disse...

E tudo o que parece mau e feio e cruel se atenua nos braços do amor mais puro e incondicional que tens e então, sorris, outras vez :)

CB disse...

Sim, Apple, sorrio outra vez, "significo-me". Este amor incondicional é a minha âncora. Dá-me os momentos de trégua que preciso para amanhã acordar de novo "esmagada", mas não morrer.

mf disse...

Abraços, muitos abraços. Fortes, looooooooongos. Aproveita-os todinhos. :)

CB disse...

mf, aproveito todos, todos, que nunca chegam... Obrigada. ;)

Anónimo disse...

E às vezes nem precisam de pôr os braços à nossa volta para sentirmos esse abraço...

CB disse...

John Doe, é verdade, mas é tão raro...

Anónimo disse...

Por ser tão raro é que é tão precioso.

CB disse...

John Doe, inegável, irrefutável.

Anónimo disse...

Agora uma pergunta difícil...

Percebemos nós sempre quando nos querem dar esse abraço?

CB disse...

Pois... Acho que não, nem sempre. Infelizmente, devemos desperdiçar muitos desses abraços no vácuo do que não se diz. Ou do que não sabemos ver.

Ana GG disse...

Um abraço meu também!


Ai os filhos...

CB disse...

Ana, obrigada! Ai de mim sem o meu filho... :)