Duas mãos pequeninas seguram a minha cabeça. Ele estica-se na beira da cama para me dar um beijo. Depois deixa as mãos pousadas em mim, mas afasta a cabeça e pergunta: "Já está melhor mãe?" Misto de afirmação e dúvida. Fico a pensar no que ele me devolve: beijos que, como os meus, sabe que não curam realmente, mas que de saberem tão bem receber, são meio caminho andado. Para mim também. Mimetizando, o meu filho aprendeu o que é amor.
E nos últimos tempos, mimetizando, acho que houve muito que desaprendi.
E nos últimos tempos, mimetizando, acho que houve muito que desaprendi.
2 comentários:
E quando se chega a essa conclusão há que aprender novamente com os melhores professores: os filhos.
Beijos
Sus,
Há muitos tipos de amor, e o único em que me licenciei é o amor de mãe. Também me ensina alguma coisa, é verdade, mas para os outros que desaprendi não pode ensinar se não o princípio da mecânica que lhes é comum. E só isso não chega.
Beijos
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