Nem sou muito fã de citações, mas…


“O maior prazer de uma mulher inteligente é bancar a idiota diante de um idiota que banca o inteligente.”

Como em todas as citações deste género, que por aí abundam agora sobretudo no Facebook, não é uma verdade absoluta e tem o seu quê de exagero. Não diria, por exemplo, que é “o maior prazer” - mas que dá gozo, isso sim.

Tal como muitas destas citações, também tenho (e acho que a maioria é igual) tendência para generalizar (de que é exemplo paradigmático esta mesma frase). Ninguém consegue realmente reflectir e escrever, por exemplo, sobre relacionamentos, sem cair na natural tendência de referir “os homens” e “as mulheres”. Mas claro que as generalizações são perigosas - até a estatística, científica e matemática, teve de conceder na criação dos conceitos de margem de erro e desvio padrão!

Não há grande mal numas generalizações que são, efectivamente, espelho da tendência da maioria, ou pelo menos reflexo da nossa própria experiência, desde que se mantenha em atenção que é apenas isso. Usar generalizações, muitas vezes citadas de autores que nem se creditam, com erros e descontextualizadas, e achar que são verdades absolutas que se podem usar para catalogar e condenar os outros, e até usá-las para insultar alguém, isso é que é doente. Se há grande verdade sobre o Homem, sobretudo no que diz respeito à alma e sentimentos, é que nada é absolutamente standard, definido ou definitivo. Tudo em nós é único, relativo e também mutável. Cada uma das nossas verdades tem um colorido muito próprio, e quem somos nós para julgar as verdades dos outros, ou pior - julgar os outros com base nas nossas verdades?

PS:
Já agora, assim na onda da generalização, e tendo já dito as coisas sérias, com uma margem de erro de para aí 0,00000001% e um desvio padrão tendencialmente zero: uma loira burra acha que todas as loiras são iguais e, como não se vê burra, acha todas inteligentes (a não ser que sejam mais giras). Uma loira inteligente, diverte-se à grande por causa das burras, loiras ou não, que acham que não são burras, e dos homens que, mesmo não sendo loiros, pensam como elas - as burras - e também se acham muito inteligentes. Uma loira inteligente faz de conta que não entende, ou então diz algum sarcasmo que os burros não percebem, e depois dá as melhores gargalhadas sozinha, no escurinho do cinema. Ou noutro sítio qualquer.

2 comentários:

Pulha Garcia disse...

Algumas das melhores citações não estão no facebook mas nas portas das retretes das áreas de serviço. Poesia da boa.

CB disse...

Ahahahah
Mas bem verdade.