Desabafo 1

Não sei por que carga de água é que a minha vida teima em se repetir. Já cansa. Tenho a sensação de ser o próprio do burro naquela imagem em que o dito anda fixado na cenoura a um palmo de distância, e que na realidade nunca alcançará por mais que ande com determinação e vontade, porque quem segura a cenoura vai à boleia. É uma linda metáfora, sim senhora, mas na vida real não tem gracinha nenhuma. Se calhar, tenho de aprender a gostar de relva. Ou simplesmente prescindir da cenoura.



Será a cenoura o motivo certo de tanto esforço?

4 comentários:

Bípede Falante disse...

Não sei dizer. Mas como também sou um coelho a correr atrás, essa resposta me interessa muito. Diria a minha terapeuta que é neurose, que eu sou neurótica e nem teria como não ser que minha infância, e lá vem a velha infância, foi uma droga.
bj.

CB disse...

Bípede, será a neurose ou a marca da infância, também pode ser. Os coelhos também comem erva, lá está, mas por algum motivo o que queremos é a cenoura. Na verdade, o nosso mal é o que escolhemos vestir de cenoura, que assim se torna tão apetitoso, tão vital, que não se consegue parar de correr atrás. A morrer de fome e de cansaço...

Pulha Garcia disse...

What's up, doc?

CB disse...

Pulha, sh*t happens...