Distracções Fatais

Se há coisa que não se pode contornar, é o click, ou a falta dele. Podem chamar-lhe também atracção, química ou simplesmente tesão. Mas é impossível de ultrapassar. Ou há, ou não há, tão simples e definitivo quanto isso. Agora, logicamente também não ajuda um relato pormenorizado de uma qualquer maleita dermatológica oculta, assim sem mais nem menos, logo num dos primeiros encontros. E se já é mau ouvir tal confidência sem denotar na expressão o nojo que tal causa, de tal forma em esforço por não ouvir muito, para manter a compostura, que mal se fixa o nome da maleita, pior ainda se o recambolesco episódio se dá durante uma refeição. Mas uma senhora não desarma. Mal se come a partir desse momento, e o pouco que se mastiga é para dar folga ao músculos faciais (em total tensão para tentar manter o semblante inalterado com o esboço possível de sorriso), e evita-se muito contacto visual depois, para não vomitar logo ali. Cenas da minha vida que, não fora eu agnóstica, me levariam a exclamar um “Senhor, tende piedade!”, e a cumprir longa penitência para expiar os meus pecados, que são muitos, eu sei, mas nenhum também assim essa coisa toda que merecesse estas provações.

Another one bites the dust.

4 comentários:

1REZ3 disse...

Lá (a)cedeste ao almoço e ao melga :)

CB disse...

Noya, a este tenho mesmo de dizer "desmelga!"...

Bípede Falante disse...

E o mais louco é que a gente nunca sabe o que liga e o que depois desliga o clique!
bjs.

CB disse...

Bípede, não só não sabemos o que "liga e desliga", como não sabemos porque raio não se liga quando tudo parece tão certo, ou porque não se desliga quando é obviamente tudo errado.
Bjs