Escrevi...


... Todo o acidulado e todo o doce se dilui num suceder de ciclos da vida. Rebento verdejante a folha plena de verde intenso, até se dourar e tingir de tons de sangue e acabar no chão. Tudo é exaurível. Eu sou árvore de folha caduca...

Não é só nos textos dos posts que me desvendo. Numa simples resposta de comentário escrevo coisas que me fogem e que depois me perseguem, porque me surpreende tê-las em mim, afinal tão claras, e deixá-las fugir, afinal tão facilmente.

2 comentários:

Anónimo disse...

Mana,
A queda da folha é também composto que fica, é adubo que se deita na terra para lhe dar rendimento.

Até na botânica, esses transitórios, revelam outros que normalmente florescem pejados no ciclo seguinte. O que fica perene é raíz, seiva e aneis de crescimento. Esses sim são os constutos que que indepententemente do especimen, são fonte de vida. Até porque nem só de clorofila vive uma árvore :-))

CB disse...

Mana,
Que coisa magnífica... Obrigada. :)
Sim, tens razão que a raíz é de outra natureza, e é dela que cresce a árvore, adubada até também pelas folhas que vão caindo.