"Destilar", cientificamente, é "separar componentes químicos que constituem uma substância através de vaporização seguida de condensação". Serve para muita coisa, nomeadamente, para produzir bebidas espirituosas. Aqui, é uma tentativa de purificação da mistura de tudo o que sinto, penso e vivo. A aguardente do que sou.
(em contra ciclo) "Já morri a morte certa Já senti a fome aperta a dor Já bati à porta incerta Viajei de caixa aberta...e vou Pecado, fundido, queimado
Já desci lá em baixo ao fundo Já falei com outro mundo...e então ? Já passei o limbo-limbo Já subi ao purgatório...e vou Zangado, bem vindo ao passado Pecado, arrependido e queimado ... Zangado, bem vindo ao passado Pecado, fundido, queimado..."
Anónimo, Ainda não percebi bem porquê, mas a letra da música fez-me pensar no tempo, nas linhas que dividem o tempo, e num poema que já publiquei aqui, juntamente com palavras minhas. Como por exemplo "Cada agora é um segundo que já foi, já passou. Em alternâncias de divisões, em antes e depois." O poema é de Sophia e o post tem o nome do poema: "No tempo dividido". Talvez esta associação venha porque não há passado se não houver um depois, que é cada agora, hoje e amanhã, e sempre mais depois. Por mais que se tente, não se vive no passado, mas por mais que se tente, não se vive o presente senão um segundo, antes do segundo depois o fazer passado. Parece-me melhor então olhar para o depois e, em cada amanhã, construir um melhor passado, um que soe um pouco melhor quando o quisermos cantar e recordar. http://o-destilado.blogspot.com/2009/06/no-tempo-dividido.html
4 comentários:
(em contra ciclo)
"Já morri a morte certa
Já senti a fome aperta a dor
Já bati à porta incerta
Viajei de caixa aberta...e vou
Pecado, fundido, queimado
Já desci lá em baixo ao fundo
Já falei com outro mundo...e então ?
Já passei o limbo-limbo
Já subi ao purgatório...e vou
Zangado, bem vindo ao passado
Pecado, arrependido e queimado
...
Zangado, bem vindo ao passado
Pecado, fundido, queimado..."
http://www.youtube.com/watch?v=0c4uOffLpfc
Anónimo,
Ainda não percebi bem porquê, mas a letra da música fez-me pensar no tempo, nas linhas que dividem o tempo, e num poema que já publiquei aqui, juntamente com palavras minhas. Como por exemplo "Cada agora é um segundo que já foi, já passou. Em alternâncias de divisões, em antes e depois." O poema é de Sophia e o post tem o nome do poema: "No tempo dividido". Talvez esta associação venha porque não há passado se não houver um depois, que é cada agora, hoje e amanhã, e sempre mais depois. Por mais que se tente, não se vive no passado, mas por mais que se tente, não se vive o presente senão um segundo, antes do segundo depois o fazer passado. Parece-me melhor então olhar para o depois e, em cada amanhã, construir um melhor passado, um que soe um pouco melhor quando o quisermos cantar e recordar.
http://o-destilado.blogspot.com/2009/06/no-tempo-dividido.html
não. é apenas uma letra e música interessantes. só.
Respeito. Mas para mim, azeda e fria. Soam a decreto de fim do tempo, sentença de não-futuro. E aí sim, contra-ciclo da mensagem do post.
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