Vou por aí a procurar

Mais um passo. Ou uns passos. Coisas que renovam a esperança ou, se calhar, que a fortalecem, porque a esperança está cá, tem estado, pese embora uns dias de dúvidas e a antecipação de algumas angústias. Esta é agora a minha batalha, curiosamente em várias frentes: projectar menos, pensar menos para a frente, tentar não sofrer por antecipação com o que pode nunca chegar a ser dor.   

Numa série de coisas tenho chegado a uma conclusão similar: muitos passamos metade da vida a aprender a fazer e a pensar as coisas com prudência e lógica, para passar a outra metade a desaprender as mecânicas artificiais que fomos impondo às nossas vidas - e a nós próprios. É que chega a um ponto em que simplesmente não vivemos. E se bem que é necessário manter um certo bom senso, estou a tentar dispensar o espartilho do "tem de ser". Pouca coisa não tem remédio, e o que não tem, como diz o povo, remediado está. Mas não aceito nada como sentença final sem eu própria poder testar e julgar.

Sei que trilho caminhos algo perigosos mas agora também sei que não quero deixar nenhum por calcorrear. Vou até onde me puder levar. Ou até onde a esperança me aguentar. Mas vou viver, vou procurar. Essa foi sempre a minha essência.

Hoje lembrei-me desta música, acho que até já publiquei há muito tempo. Mas hoje, é esta música, que é em si lindíssima, que fica como meu espelho nas notas positivas - da esperança, da vontade de viver, de ser livre para viver.


"(...) Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer, quero viver..."

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