Às vezes é preciso dar tempo às coisas, sofrê-las um bocadinho, até conseguir fazer delas algum sentido. Mas fico com uma noção estranha de que o tempo me foge, escorre-me das mãos.
Assola-me a tristeza de uma nostalgia quase doce. É a necessidade de largar o que está para trás. Mas, ao mesmo tempo, apetece-me voltar no tempo e ser e sentir o que fui e senti nos momentos felizes passados. É um turtuoso raciocínio, esse sonho acordado, a nota mental de tudo o que houve de positivo. Aquela sensação de que "aquilo é que era", e era mesmo, foi mesmo, é tudo uma questão de tempo do verbo... Era, mas já não é, nem volta a ser, foi apenas... foi bom, mas "foi". O tempo escorreu. Caio de vez em quando nestas armadilhas e nestas rodas.
E depois tenho vertigens, fico na beira do passo que não percebo qual vai ser. E nessas alturas paro. E acho que é assim que tem de ser. Em compasso de espera, um dia de cada vez, sem over-analysing, a deixar as coisas arrumarem-se de mansinho, na cabeça e no coração. A largar o lastro, a levantar amarras, a olhar para o mar. E aí, de repente, sei para onde quero ir e como lá vou chegar. E afinal o tempo não foi perdido.
Assola-me a tristeza de uma nostalgia quase doce. É a necessidade de largar o que está para trás. Mas, ao mesmo tempo, apetece-me voltar no tempo e ser e sentir o que fui e senti nos momentos felizes passados. É um turtuoso raciocínio, esse sonho acordado, a nota mental de tudo o que houve de positivo. Aquela sensação de que "aquilo é que era", e era mesmo, foi mesmo, é tudo uma questão de tempo do verbo... Era, mas já não é, nem volta a ser, foi apenas... foi bom, mas "foi". O tempo escorreu. Caio de vez em quando nestas armadilhas e nestas rodas.
E depois tenho vertigens, fico na beira do passo que não percebo qual vai ser. E nessas alturas paro. E acho que é assim que tem de ser. Em compasso de espera, um dia de cada vez, sem over-analysing, a deixar as coisas arrumarem-se de mansinho, na cabeça e no coração. A largar o lastro, a levantar amarras, a olhar para o mar. E aí, de repente, sei para onde quero ir e como lá vou chegar. E afinal o tempo não foi perdido.
12 comentários:
Então sê bem-vinda de volta. E tudo de bom! :)
É tão verdade... Aquela ânsia de saber, de ter respostas, a ânsia de viver, afinal e, no entanto é necessário parar, o tal compasso de espera, quase um flutuar entre o que foi e o que será, nesse pairar em que nos encontramos e descobrimos. As respostas não se agarram na correria, no turbilhão incessante dos nossos monólogos interiores, vêm até nós no tempo certo e, então, tudo faz sentido e há paz.
Arruma o passado num bau, numa gaveta do escritório numa caixa de sapatos, numa vala de frio, numa cave húmida, mas arruma. Vem sentir os raios de sol e a luz que te povoa, sente o que é teu. Não desperdices a manhã, sente e sente-te porque ainda tens muito para viver ....
Era, já não é, nem voltará a ser...igual! Poderá ser ainda muito melhor, ou no mínimo, diferente.
Experimenta dançar ao Sol!
:)
E quando menos esperares, catrapum! Como um camião desgovernado... o Amor! E saberás recebê-lo da melhor forma, porque limpa. E inteira.
Treze
Obrigada. Volto aos poucos, sem promessas.
Apple,
Eu sei que entendes bem estas palavras. E sei que, também para ti, um dia tudo fará sentido e haverá paz.
Forteifeio,
Ter muito para viver tem tanto de promessa como de ameaça. Por mais que se largue o passado, o futuro é uma incógnita assustadora.
Ana,
Será diferente, claro. Eu sou diferente, um pouco a cada dia. O sol sabe bem, sim. :)
Imaculada,
Eu já não espero nada. E ainda não me sinto inteira, nem estarei "limpa" enquanto não conseguir realmente esquecer o que já perdoei.
Voltaste :)
O tempo nunca é perdido quando muito é aprendizagem. mesmo que com dor...
Um beijo ao teu regresso
LBJ,
Estou a voltar os poucos. :)
O tempo é só mais um factor da equação.
Bjs
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