Lisboa é linda vista do Tejo. Atravessar a ponte e sentir-me mergulhar de novo nesta cidade que eu amo é quase mágico. Sinto sempre o mesmo entusiasmo de menina pequena, ansiosa por chegar ao fim da viagem, e o mesmo deslumbramento que então sentia ao me aperceber da grandeza e da beleza da minha cidade.
De volta a casa. Passado o rio, descarregadas armas e bagagens que agora levo dias e reabsorver na minha casa, tenho um misto de contentamento, um sabor de missão cumprida, e uma tristeza de mais uma coisa que chegou ao fim. Para o ano há mais verão de azul e branco, como o mar revolto do meu Alentejo que também adoro e deixei para trás. Agora, há mais uns longos meses de luta da vida real, vida que pulsa aqui nesta cidade, alimentada por esta luz que é única e que me acolhe, sempre, quer eu queira quer não, e me faz estranhamente sentir em casa quando ainda rolo por cima de uma ponte vermelha sobre um rio azul.
Chegou o corpo mas o coração continua uma outra viagem. Continua a menina ansiosa por chegar ao seu destino, continua essa menina à espreita do vislumbre da paisagem que recorda imaginando, e do banho dessa luz que a fará, finalmente, sentir o coração chegado, iluminado, em casa. Continua o coração à procura da ponte.
De volta a casa. Passado o rio, descarregadas armas e bagagens que agora levo dias e reabsorver na minha casa, tenho um misto de contentamento, um sabor de missão cumprida, e uma tristeza de mais uma coisa que chegou ao fim. Para o ano há mais verão de azul e branco, como o mar revolto do meu Alentejo que também adoro e deixei para trás. Agora, há mais uns longos meses de luta da vida real, vida que pulsa aqui nesta cidade, alimentada por esta luz que é única e que me acolhe, sempre, quer eu queira quer não, e me faz estranhamente sentir em casa quando ainda rolo por cima de uma ponte vermelha sobre um rio azul.
Chegou o corpo mas o coração continua uma outra viagem. Continua a menina ansiosa por chegar ao seu destino, continua essa menina à espreita do vislumbre da paisagem que recorda imaginando, e do banho dessa luz que a fará, finalmente, sentir o coração chegado, iluminado, em casa. Continua o coração à procura da ponte.
12 comentários:
Bem vinda, minha querida.
A ponte, estás a construí-la a cada instante.
acabo igualmente de ter contacto com esta luz magnifica de Lisboa. como eu te compreendo, Princesa. sabe bem, muito bem. mesmo que pont(e)ualmente o manto escuro da nossa alma nos impeça de alcançar esse brilho.
Apple,
Obrigada e sejas também tu bem regressada.
A construção da ponte era mais fácil se soubesse onde fica a outra margem, mas tens razão que se vai construindo aos poucos.
Eu,
Pois sabe, sim. Sobretudo quando essa luz atravessa os mantos de que nos cobrimos, e nos convida a retribuir a nossa própria luz. Também ocasionalmente, essas pontes de luz acontecem. :)
Então que sejas bem-vinda :)
13,
Obrigada. :)
Bem-vinda, que a luz de Lisboa te ilumine o corpo e o coração.
Forteifeio,
Obrigada. :)
Princesa, Princesa, como te compreendo! Passar a Ponte sempre me pareceu uma viagem especial, olhar e comparar as duas margens, a travessia por si só ... e regressar a Lisboa, então!
Melhor do que essa sensação só aterrar em Lisboa à noitinha vendo de cima a Vasco da Gama, como se fora uma caravela ancorada e iluminada.
Simplesmente mágico, como este teu canto - e é por achar que assim é que te deixei um miminho no meu quiosque.
Beijinhos :)
XR,
Muito obrigada, pelo comentário e pelo mimo... Nunca me pensei mágica para supôr aqui fazer magia, mas fico contente. :)
Beijinhos
Apesar de saber o que me espera, uma das coisas boas do fim das férias é chegar a casa. Tenho sempre saudades da minha casa quando estou fora!
Bom regresso! :)
Pronúncia, obrigada. :)
Eu também gost muito de "voltar a casa".
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