Depois da chuva


Nos ciclos de baixos é como se fosse uma chuva forte que nos impede o passo, que nos obriga a uma espera incerta e dorida. Mas depois, depois da chuva, que nunca chove para sempre, sai-se finalmente lá para fora, com o fim da torrente. E a chuva limpou o ar e a espera molhou a terra; e a terra molhada cheira a vida que desponta da semente. E uma semente é uma esperança - rebento, planta, árvore - e uma árvore é um futuro. E um futuro é vida, para viver simplesmente. No tempo dela, a vida, que corre como cresce a árvore: lenta, mas inexoravelmente.

Sem comentários: