Sopros



Há momentos que não se completam por faltar uma pequena coisa qualquer. Há momentos que podiam ser felizes mas, de uma forma quase turtuosa, são tristes pela alegria que queremos partilhar nos fazer sentir, ainda mais, a falta do alguém com quem queríamos partilhá-la.

Há momentos em que a alegria que se vê por fora em sorrisos é por dentro também um aperto, um nózinho. A sentir uma falta, uma ausência que se desenha ali ao lado, como o espectro de um fantasma.

E nesses momentos, em instantes quase mágicos, as sombras podem tornar-se quase palpáveis. Estranha coisa essa que põe um ausente ali ao lado. Presente sem toque nem voz, mas presente. E ausente, com cheiro, mas ausente. Como um sopro, a passar por dentro de mim.

2 comentários:

fd disse...

Com diálogos tão reais apesar de imaginários.

CB disse...

fd,
Às vezes palavras. Às vezes, simplesmente silêncios cheios de coisas.