Sigo


E esta verdade nunca fez tanto sentido como hoje. É, afinal, o último dia daqueles "a doer" de que falei há tempos, uma saída esperada e desejada, ainda que envolta, como qualquer partida, na tristeza das despedidas. E tem o peso do erro, pois foi mais um projecto em que acreditei, pelo qual lutei, e que tive que acabar por admitir que tem falhas sem emenda possível, que não tem  futuro.

Mas, ao fim de quase um ano, desta partida junto os abraços sentidos de quem viajou comigo e me quer guardar por perto, junto como preciosos tesouros as palavras que me dizem e escrevem, a tristeza das suas próprias despedidas, os elogios que, mais do que massajar o ego, me dão a serenidade do sentido de dever cumprido. Colegas que se tornaram amigos e me consideram, e me respeitam, e que se pudessem me seguiriam. E mais ainda, de forma inesperada, de um cliente, obviamente satisfeito, que além de palavras de apreço, como as de outros tantos, me abre uma oportunidade sobre o horizonte.

Salto daqui com rede, porque já tinha a decisão tomada há muito e já tenho um novo projecto. É certo que não é o meu ideal, não é nada que antecipasse no meu futuro profissional há alguns anos atrás. Mas é um projecto, um desafio, e uma entrada possível. Para andar para a frente, anything goes. Naturalmente, no entanto, é bom sentir que tenho essa rede, mas também hipótese de voos mais altos. Como me dizia esse cliente, "believe me, all things happen for a reason". E desta vez acredito mesmo, e acredito que será uma boa razão.   

Imagem daqui.

2 comentários:

Pulha Garcia disse...

Muita força para o caminho, minha querida.

CB disse...

Pulha, many thanks.